terça-feira, 24 de junho de 2008

Estou numa tristeza profunda, aquelas de doer o peito, apertar a alma e chorar os olhos
É como se meu corpo todo desistisse de continuar vivendo, e estivesse desligando aos poucos
Os braços e o coração ficam sem resposta primeiro, depois são as pernas, o tronco e tudo o que está por lá
Qualquer fragilidade acerta o profundo como uma tormenta
Tudo fica maior, pior, devagar, pesado, difícil de carregar
E assim sigo esse dia, me arrastando, recolhendo meus pedaços
Tentando achar algum caminho no meio das lágrimas
Buscando fugir da cratera que se forma sob meus pés.

domingo, 22 de junho de 2008

Diário - 22/06/2008

Fantástico! Revi duas amigas de muuuito tempo atrás!
Nos conhecemos aos 5 anos e desde aprox. os 15 q não nos víamos.
Foi muito legal ver q mesmo com tanto tempo longe, continuamos com a mesma intimidade de antes.
Isso é o que é uma amizade verdadeira!
Tanto passou, muito mudou nas nossas vidas, mas continuamos com o mesmo carinho, a mesma liberdade, a mesma intimidade!
Fantástico mesmo!

Amo vcs meninas, Quel e Fê!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

cegueira voluntária

Hoje o dia amanheceu com uma névoa pesada e frio.
Pessoas nas ruas enroladas em pedaços de cobertores, tentando viver mais um pouco da vida
Enquanto isso, alguns outros lugares do mundo estavam com o sol à pino.

Talvez seja o meu egoísmo e tentativa de estar cega que insiste em pensar:
Porque eu moro aqui, e não pra lá?


terça-feira, 17 de junho de 2008

Saudade se mistura com dor
Não dor de despedida, ou dor da distância
Mas a pior dor: dor de não existir.

Dor de ver que um dia você foi alguém naquela história
E hoje, nem sequer sabem seu nome
É como ver o mundo como telespectador, por fora da tela
Quando o mundo todo existe por trás dela

E isso nunca foi assim...
O mundo sempre foi meu mundo, mundo comigo, mundo ao meu lado
Eu sempre fui figurante, papel principal e equipe de palco
Nunca fui o pipoqueiro ou lanterninha, sempre longe da vida das telas

Eu era alguém para todo mundo
E hoje, ninguém para muita gente
Também para aqueles que antes, junto comigo, davam vida ao filme

Agora, o filme passa em outra tela, e nem é dela que sou o bilheteiro...

sábado, 7 de junho de 2008

"Só sei que nada sei" - Sócrates

A palavra passou voando à minha frente
Não consegui pegar, mas lembro bem como ela era
Mas não era minha...passou

Outra voou mais à direita
Pulou direto para trás do sofá
Também consigo reconhecê-la a qualquer momento
Mas não era minha...passou

Uma frase inteirinha veio pela televisão
Atravessou para a minha sala
Decorei cada letra
Mas não era minha...passou

Agora várias letrinhas saltitam
Cada uma vem de um lado, trocam de lugar
Pude ver todas muito bem
Mas nenhuma delas era minha...passaram

Porque todas elas não estavam na minha boca?
Porque nenhuma era minha?

Todas eram bonitas, bem desenhadas
Eram coloridas e sérias, divertidas e bem delineadas
Mas nenhuma foi soprada por mim
Elas simplesmente não eram minhas...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Mulher

T udo o que está ao meu redor, está completamente sem sentido
P arece que nunca vi nada disso, e ao mesmo tempo, parece que estou cansada demais para ver
M inha mente me prega peças, gira, se enfurece, sente alegria e tristezas ao mesmo tempo

T ranstornados, meus olhos se agitam para encontrar paz em algum canto
P asseiam pelo ambiente, desviando furiosamente do nada que os irrita
M arejam de raiva, pelas idéias estúpidas que golpeiam meu cérebro

T empo? Disposição? Quem você acha que eu sou para tê-los?
P reciso explicar muito para você perceber, no mínimo, que só o fato de existir já é demais?
M elhor você sair da frente, se esconder, e chamar o mundo com você.

T enho milhões de reclamações pra fazer, trilhões de compromissos para cumprir
P reciso correr, preciso fugir, preciso bater, preciso magoar alguém
M inha noite não vai acabar bem, assim como meu dia não começou bem.

T udo o que você não deve fazer é tentar falar comigo agora
P ense muito bem antes de me acariciar, ou me consolar
M eus atos estão incontroláveis, e não tenho nenhum interesse em dar um jeito nisso agora.

T rate de seguir meu conselho, você e o mundo todo, por que nada te salva dessa
P rocure sua chave, saia e me tranque com ela. Desligue a luz sem pedir epxlicações
M ais tarde, quando uns 5 dias se passarem, pense em voltar

T ente me olhar com cuidado e piedade
P rovavelmente você vai perceber que sumi, deixei apenas rastros
M as aproveite bem o presente, porque mês que vem, com certeza eu volto!

Ciranda

Me perdi no desenho daquelas células, que ordenadamente se enroscavam umas nas outras
A bagunça era tanta, que só eu mesma sabia a perfeição do desenho que elas formavam
E elas estavam lá, como que brincando de roda
Por uns instantes, ri com elas, participei do jogo de ciranda
E a cada novo lance, o grupo ia girando, girando, girando...

Será que algum dia alguém notou essa brincadeira?
Era algo tão sincero e inocente, que até me perdi, esqueci o que estava fazendo por lá
Minha atenção estava toda voltada para aqueles tons de dourado, umas mais escuras, outras mais claras, a mesma diversidade da vida!
E enquanto elas cantavam, precisei me despedir, silenciosamente, daquela ciranda neuronal!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Um final feliz

Conforme o tempo passa, ou caímos no mesmo erro, ou corremos do que é certo.
Andamos em círculos, mas a cada volta, tudo parece diferente.


Quantas vezes eu já não comecei algo que jurava que levaria até o fim, e no fim, parava antes de qualquer desfecho existir?
Quantas vezes tive certeza de que o finalmente já estava chegando, quando me dei conta de que era mais um começo perdido?


Pois é, estou nesse começo de novo...Mas se eu não me der algum crédito, quem vai dar?
Existe uma grande torcida, mas de nada vale se eu não torcer para cada dia concluir algo.
E afinal, é bem mais fácil pensar assim: cada dia tem seu fim.


E hoje, começo esse Blog assim, terminando, criando um desfecho, fazendo brotar em mim aquela grande satisfação de ler a última página, de estudar o último capítulo, de pagar a última prestação...

Então, por hoje, desejo a todos, um bom final!