quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ver o outro como outro - sobre o encantamento de ver no outro, o outro e só

Meu filho Pedro está com um ano e cinco meses. Cada dia que passa ele fica mais com cara e jeito dele mesmo, sem influências, sendo o Pedro. Independente! E isto me encanta! Me faz me apaixonar cada dia mais!

Estou com meu marido há 11 anos. E nesta nossa história já me confundi muito com ele, já confundi muito ele com quem sou, e nos últimos dias, tenho voltado este mesmo olhar que tenho para o Pedro, para ele, para relembrar aos meus olhos o encantamento que é ver nele, ele e só. Separado de mim. Completo em si.

Quando a gente casou o pastor falou apenas vinte minutos. Mas o que falou foi na medida. Lembro bem dele falando que para o relacionamento dar certo eu precisaria me ver nele, como se olhando em um espelho, e ele, se ver em mim.

Quando me olho no espelho reconheço quem eu sou, com todas as minhas particularidades, defeitos e qualidades. Não preciso falar nada. Sei o que passa por trás dos olhos com que me fito. Olhar para o meu marido como se fosse minha imagem no espelho não significa vê-lo como alguém igual a mim, pelo contrário, significa vê-lo como alguém que é único.

Não sei segredo para fazer durar relação, nem tenho pretensão de provar se existe tal coisa, mas quero fazer todo dia este exercício de ver o J como único que é, por que sei que se eu alimentar este encantamento por vê-lo exatamente como ele é, cada dia que passar ficará mais natural respeitá-lo e desta maneira dou margem para cultivar anos de excelente convivência! Um bom segredo, não?!