segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Essência escrita

Na comunidade que frequento existem umas figuraças! De fato, acho que ninguém lá é normal. Geralmente quem é, não consegue ir mais do que uns 3 domingos!
Nada pessoal, mas realmente, fugimos à normalidade. E essa estranheza toda é o que me faz sentir confortável por lá, porque por trás da loucura existe um grande respeito por todos, independente da essência de cada um.

Mas às vezes, acho que perco um pouco da minha essência, e acredito que isso aconteça porque deixo de pensar por mim mesma me influenciando muito por opiniões que não são as minhas, tornando-me uma pessoa comum, igual a todo mundo, deixando a oportunidade de ser quem sou, de lado.

Pensando nisso percebi que temos tempo definido para várias atividades, como dormir, comer, cuidar do corpo, mas, para o que diz respeito à mente, o que nos define, nos caracteriza, ou seja, essa essência, não reservamos um tempo certo.

Duas vezes por semana, passo em um trecho de São Paulo com um trânsito bem chato, e é nesse momento, por mais estranho que seja, que paro para refletir sobre alguns aspectos negligenciados da minha vida, opiniões, sonhos, realizações, mudanças, e faço até algumas anotações em um papel sobre a direção, e percebo que existe uma força em mim, um potencial que está realmente abandonado, aquilo que constrói a minha essência. Mas depender de trânsito para cultivá-la, em São Paulo, não é nada difícil, mas, convenhamos, isso também vai cultivar um rombo na minha conta e na minha paciência!

Por isso, resolvi voltar a escrever, pois desse jeito organizo minhas idéias e reflito sobre os meus valores. E quando digo que organizo as minhas idéias, literalmente organizo meus pensamentos, puxando um a um da minha mente, os materializo no papel (ou tela!), afinal, ele(a) nunca vai me julgar, e a cada linha escrita, construo aquela que desejo ser, corrigindo o que não gosto, revendo o que estranho, e aperfeiçoando o que tenho de melhor!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Tem que ser de coração (sobre o aniversário)

Minha bisavó já dizia que o melhor da festa, era se arrumar pra ela!
Pois bem, me arrumei muito bem arrumada!
Fiquei linda, de vestido, meia-calça e o meu sapato mais alto.
A maquiagem estava ótima! E o cabelo bem penteado!
O salão também estava empetecado: copos coloridos sobre cada mesa com um pequeno arranjo de flores do campo, potes transparentes com balas coloridas e outros detalhes mais.
A festa seria bem servida. Sanduíches, bebidas, bolos e docinhos até dizer chega!

Mas a festa não agradou a aniversariante.
Fiquei chateada. Metade dos convidados não apareceu.
E dos que apareceram, alguns não foram de coração.
E esse foi o maior problema.

Como alguém consegue agir sem pensar pelo coração?
Ainda mais com alguém que colocou tanto coração na festa.

Agora já foi. E a lição dos 27 é essa:
Faça de coração para quem merece a sua atenção.
Não faça nada pensando em quem não tem coração.